domingo, 8 de maio de 2016

Patagônia Abril/2016 - Torres del Paine


Programação

Viajar para conhecer Torres del Paine era um sonho antigo e desdo no ano passado eu queria muito ir no inicio do ano para fazer o circuito W.

Depois que um amigo meu desistiu, eu acabei desencanando e deixei para pensar nisso para 2017, mas como a vida é uma caixinha de surpresas conheci em uma viagem a Prudentópolis a Luciane que queria fazer torres também.

Como ela tinha férias programadas para Abril, marquei as minhas e organizamos as coisas, colhendo informações da Internet e ela conversou muito com um amigo que fez o W.

Compramos passagens SP - Punta Arenas de ida e volta e a ideia era fazer Torres, El Calafate e El Chalten.

Para chegar em torres as duas cidades base podem ser Punta Arenas ou El Calafate. De lá é preciso ir de ônibus para Puerto Natales e de lá o Parque de Torres del Paine.

Início

Chegamos em Punta Arenas, pegamos um táxi até o centro da cidade (4500 pesos chilenos[CLP] por pessoa). Fizemos um lanche e compramos nossa passagem para Puerto Natales.

Antes de embarcar no ônibus fizemos um pouco de cambio e seguimos viagem. A viagem é tranquila e a paisagem é bonita.

Chegando na cidade demos uma volta procurando Hostel e ficamos em um perto da rodoviária, pagando 10.000 CLP.

Como chegamos um pouco tarde, decidimos que passaríamos o próximo dia em Puerto Natales para comprar as coisas para acampar em torres: Comida, Gas, etc.

Aproveitamos o resto do dia para ir na região da costa:


De cara notamos que o custo de vida nesta região é muito alto. Sai caro comer em restaurantes e até as coisas no super mercado são caras.

Os ônibus partem cedo para Torres e chegamos la por volta das 09:30. Depois de pagar a entrada do parque 12.000 CLP, assistimos um vídeos sobre normas do parque, etc e recebemos um mapa.



Essa parte achei bagunçada, a gente recebe um mapa e só. Deveria ter mais informações especificas para quem vai fazer o W ou o O.

Pegamos um ônibus que deixa perto do Hotel, onde iniciamos a trilha.





Como o camping Chileno estava fechado (só aceitava com reserva e o número de barracas estava limitado em 50), decidimos acampar no camping gratuito da base das torres.

A trilha possui um visual incrível, mas por causa das subidas é um pouco pesada e foi duro com a cargueira pesada. Pegamos água no camping Chileno e nesse momento houve um desencontro e eu não vi a Lu depois de pegar a água. Procurei um pouco por ela e assumi que ela foi na frente.



Essa segunda parte era mais subida e cheguei muito cansado no acampamento já me perguntando: Cadê a Lu?

Deixei minha cargueira em um canto e fui procura-la por todo o camping. Como não achei a Lu, bateu aquela sensação de putz e já estava me preparando para deixar a cargueira e voltar para procurar ela. Mas logo ela chegou e não sei como não nos vimos porque ela estava na passagem da saída do Chileno me esperando oO. Detalhe que ela também ficou preocupada achando que eu tinha caído em um no rio morrido haha.

Passado o susto, fomos comer e depois arrumar a barraca. Arrumar a barraca deu um belo trabalho, pois com o clima seco, a terra estava muito dura. Depois de muito sacrifício montamos tudo e fomos dormir cedo.

Eu consegui fazer a proeza de colocar minha barraca em um local que ficou uma pedra bem no meio e foi muito difícil achar uma posição para dormir haha. Pelo menos meu saco de dormir segurou bem a temperatura, que deve ter chegado a 0º ou menos.

Acordamos cedo e saímos ainda no escuro para chegar nas Torres. A subida é pesada e foi um erro subir sem comer nada. Chegando lá o visual é espetacular e nessa hora do dia uma luz alaranjada ilumina as torres!



Depois de contemplar a paisagem, e tirar várias fotos, descemos para o acampamento, para comer, desmontar tudo e seguir a trilha de volta.


Neste momento ainda estávamos em dúvida se continuaríamos o W. Eu errei levando roupa de frio que não precisei e com isso foi peso morto e volume e a Lu estava com dores nas costas devido ao peso. O medico dela havia proibido ela de fazer Yoga e mesmo assim ela não cancelou a viagem e tentou fazer o W oO. Outro detalhe é que a Lu tinha viajado com suspeita de H1N1!!!

Na trilha da volta decidimos que iriamos dormir no acampamento do inicio e dependendo do outro dia, decidiríamos se iriamos continuar no W. Chegamos relativamente cedo e fomos pegar informações que horas teria ônibus para nós levar ao inicio do parque e onde ficava a parte do camping.

Ninguém da estalagem parecia saber informar direito as coisas e demoramos para achar o camping (7500 CPL).

Outra luta para armar as barracas e depois disso fomos fazer nossa janta. Depois logo começou a escurecer e esfriou muito rápido, então fomos dormir mais cedo ainda.

Durante a madrugada acordei várias vezes por causa do vento muito forte. Em mais de um momento me pareceu que a capa da barraca tinha voado haha.

Valeu a pena o investimento que eu fiz na barraca e saco de dormir. Torres no outono faz um bom frio e venta bastante:

Barraca: Bivak 1 Trilhas e Rumos
Saco de dormir: Deuter Orbit 0º

No outro dia, acordamos cedo para irmos no local que pegava o ônibus até o inicio do parque. Foi triste abortar o W, mas com saúde não se brinca e foi a decisão mais sensata.



Voltamos para Puerto Natales, passamos o resto do dia pela cidade e compramos as passagens para El Calafate. Voltamos para o hostel e fomos dormir, pois vinha mais aventura no dia seguinte.