domingo, 26 de julho de 2015

Prateleiras e Pico das Agulhas Negras, Junho de 2015


Eu sempre tive muito medo de altura e o pior não é o medo em si. O pior é o fato que eu tenho vertigem, fico nervoso, mãos suando entre outros sintomas. Apesar de tudo isso não tenho medo de andar de avião e isto indica que eu sofro de Acrofobia.

Por tudo isso eu já tinha recusado alguns convites para ir no Pico das Agulhas negras e não porque eu aceitei o ultimo...

Com tudo acertado, não tinha como voltar e fiz todos os preparativos para roupas, comida, saco de dormir e barraca.

Marcamos a saída perto do metrô Tatuapé e por volta das duas horas da madrugada seguimos em direção ao Parque Nacional de Itatiaia, onde ficam os Picos que iriamos tentar subir.

Chegamos perto das 9, mais tarde do que queríamos, e por isso não pudemos seguir a programação inicial que seria enfrentar agulhas negras no primeiro dia. Não pudemos seguir, pois o limite de 80 pessoas já tinha se esgotado e por isto fomos para prateleiras.

O parque é super organizado e cobra R$ 14,00 de entrada por dia, ou R$ 21,00 se pagar por dois dias. Para subir Agulhas ou Prateleiras é necessário mostrar equipamento, mas muita gente vai apenas para chegar na base, que por sis ó é um trilha bem bonita com vista fantástica.

Era uma manhã fria, mas depois de uns minutos andado o frio passou e fomos seguindo apreciando a paisagem.



Cada vez que eu olhava para os picos eu ficava me perguntando o que diabos eu estava fazendo ali. Mas eu estava decidido seguir e ir até onde fosse meu limite.

Depois de umas duas horas chegamos na base das prateleiras, que já tinha uma vista muito bonita e imponente e é justamente depois da base que 'a porra ficou seria'.



Subir as prateleiras tem um bom nível de dificuldade e depois da base é praticamente escalaminhada o tempo todo. O tempo todo com momentos de frio na barriga mas fui seguindo e tirando fotos




Chegou uma hora que a coisa ficou mais difícil e guardei a câmera e seguimos.

O tempo todo o pessoal foi se ajudando, e principalmente o Rafa que foi guiando e ajudando. Como eu era o louco do medo de altura, ele me ajudou muito a seguir nos momentos mais tensos.

Passamos por varias partes perigosas, estilo caiu, morreu e por isso eu recomendo. Vá com algum guia bom e ou vá com alguém que já fez.

Chegando quase no topo, tinha mais uma parte exporta e juntou co cansaço com muita adrenalina e eu decidi que já tava bom. Foi triste depois pensar que eu parei quase no topo, mas foi muita superação e fiquei satisfeito.

Passei um bom tempo esperando o pessoal voltar e depois seguimos a volta da trilha. Paramos na base para comer e conversar com outro grupo e ficamos apreciando a paisagem.



Depois disso foi encarar a trilha da volta, super cansados mas bem satisfeitos.



Saindo do parque fomos para a Estalagem Pintassilgos, onde ficaríamos. O plano era uma parte acampar e outra ficar na casa, mas como tinha muito espaço decidimos falar coma dona e ver se ela permitia todos dormindo na casa (alguns no chão).

Jantamos, conversamos, bebemos um licor de jabuticaba e fomos dormir.

Acordamos as 5 pois queria estar na portaria do parque as 7, para não arriscar perder a oportunidade de ir nas Agulhas novamente.

Estava muito frio e encontramos em vários pontos orvalho congelado por cima da grama.



Seguimos e a trilha é tranquila até chegar na base do pico das agulhas. Muitas subidas acima de 30º nas pedras e com isso meu folego foi embora. Vi que estava bem cansado e parei no ponto em que teríamos de utilizar corda para subir uma parede com uns 80º.



Falei que estava muito cansado e que ficaria ali esperando. Tinha comida, bebida, lugar para sentar e local com sombra e sol e claro, meu Kinlde :D




Fiquei um tempo conversando com o pessoal que passava e voltava e depois desci um pouco e fui ficar no sol lendo um pouco. Apesar de estar no sol estava muito frio e fiquei de casaco, gorro e luvas.

Depois de umas duas horas, decidi ir descendo e fui acompanhando uns grupos pelo meio do caminho.

Chegando na base esperei o pessoal e depois que chegaram, bem acabados, seguimos para São Paulo.

Todo mundo estava super satisfeito e mesmo não tendo completado nenhum dos dois picos, valeu muito a pena e pretendo voltar em breve!

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